quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Alera - Tempos de Vingança, Cayla Kluver - Opinião

Sinopse: Uma rainha de dezoito anos está apaixonada pelo comandante inimigo, numa altura em que os dois países se confrontam, num combate do qual não há regresso possível.

Casada com um homem que não ama, a rainha Alera de Hytanica tem de esquecer Narian, o jovem que lhe prendeu o coração, porque este está destinado a conquistar Hytanica no comando dos exércitos do seu senhor, o poderoso soberano. Alera não acredita que Narian se disponha a combater Hytanica – até ao momento em que as tropas de Cokyri atacam a sua pátria, che?adas pelo próprio.

Confrontada com a mais terrível traição que um coração pode conhecer, Alera será forçada a esquecer os seus sentimentos e a conduzir o seu reino nesta hora de tremenda provação. E, quando parece que a esperança, a vontade e a coragem estão perdidas, terá de encontrar a força que lhe permita manter-se de pé, recordando que nem a mais negra das noites impede o nascimento de um novo dia.

Opinião: Depois do final do livro anterior nos expor ao casamento de Alera, este livro, embora mais fraco, faz crescer a personagem de Steldor. E de que forma! Do arrogante galã com a mania que é melhor que os outros, passamos a conhecer um outro Steldor, um homem que realmente ama Alera e não apenas a coroa de Hytanica.

Steldor concede o impensável e dá tempo à sua jovem mulher para se habituar ao casamento que lhe foi imposto. É também ele que vela pela sua segurança e que a ampara quando as notícias de uma entrada em Hytanica lhe chegam aos ouvidos e ela descobre quem foi a pessoa a ser raptada e levada para o reino inimigo.

Em tempo difíceis, vemos um aproximar de Alera com os pais mas cedo fica claro que a invasão vai acontecer e que Hytanica não tem forma de ripostar à altura, Assim, resta ao rei e à rainha fugir do reino para que este não morra às mãos do inimigo, porque "enquanto houver rei, também existe reino". Com ele seguem alguns dos melhores homens da guarda real e até alguém que não se esperava que viesse.

Do lado das linhas inimigas, Narian encabeça o exército de Cokiry... mas apenas porque a isso foi obrigado e para que a tomada de Hytanica seja levada a cabo com o menor número de vitimas possível.

Enquanto isso, o rei foi gravemente ferido e quase perece... Alera percebe que pode tornar-se útil no local onde se escondem, ficando responsável pela (parca) alimentação já que não poderá fazer parte dos turnos de vigia. Steldor está entre a vida e a morte e só a chegada de London com uma estranha prisioneira vai poder mudar o destino do jovem rei. Também o destino de Hyanica estará no poder que advém de ter esta prisioneira e na forma que ela própria leva Alera a pensar numa solução quando já se previa o impossível. Existe ainda uma luta terrível entre Narian e o seu mestre maléfico e só um deles conseguirá sair vivo da batalha... com a ajuda preciosa da Suma Sacerdotiza.

Este livro pareceu-me mais fraco do que o anterior, mostrando os suas frágeis fundamentos... Apesar disso, é uma história interessante e este livro traz o crescimento de várias personagens: Steldor e o seu pai, London, Narian e a própria Suma Sacerdotiza. A nota negativa continua a ser a fragilidade da estrutura narrativa e a personagem principal que, embora tenha tomado para si a tarefa de alimentar os homens, mal teve coragem de chegar perto do marido quase morto e de velar por ele, com uma rara excepção. Nem aqui ela foi capaz de crescer e apoiar aquele que, ao longo de todo o livro, demonstra que a ama mais do que tudo, até do que o seu próprio bem-estar.
3*
Outros títulos da trilogia:
Alera - Sacrifício (Alera Livro 3)

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